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Eu me chamo Ivani Farias Piaia, sou nutricionista clínica, especialista em Alergia e Intolerância Alimentar.


Meu objetivo é auxiliar o paciente e seus familiares a construir um legado de alimentação saudável, adaptação da nova rotina e também os cuidados com alimentação dentro e fora de casa, evitando sintomas decorrentes de alergia e intolerância alimentar, proporcionando qualidade de vida ao paciente.
É importante encorajar o convívio social com os cuidados adequados e também evitar restrições alimentares desnecessárias, corrigindo deficiências nutricionais decorrentes da retirada de alimentos causadores de alergia ou intolerância.
O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar especializada onde o médico realiza o diagnóstico, orienta o tratamento e a nutricionista faz o seguimento nutricional de forma paralela, proporciona um resultado favorável e de pleno êxito ao paciente.

 
- Neste canal de comunicação irei abordar temas relacionados a alergia e intolerância alimentar, dicas e receitas saudáveis.
Ivani Farias Piaia - Nutricionista CRN3-30618


Diferenciais: Assegurar o atendimento individualizado e focado nas necessidades pessoais de cada paciente.


Valores: Tratar o paciente com Empatia, respeito, inovação e excelência.

Cursos de Especialização em Alergias e Intolerâncias Alimentares

06/09/2008 - Nutrição em Pediatria II - Instituto da Criança Prof. Pedro de Alcântara do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

03/06/2012 - Abordagem Dietética nas alergias e Intolerâncias alimentares - Instituto de Pesquisas Ensino e Gestão em Saúde

13/07/2013 - 4° Gluten Free / 2° Zero Lactose / 1° Expo Brasil Alimentos Funcionais

05/12/2013 - Nutrição nas Alergias e Intolerâncias Alimentares - Instituto Ana Paula Pujol

13/01/2014 - Nutrição nas Alergias e Intolerâncias Alimentares - Instituto Ana Paula Pujol (Atualização)

06/02/2014 - Nutrição nas Alergias e Intolerâncias Alimentares - Instituto Ana Paula Pujol (Atualização)

16/09/2016 - Intolerâncias e Alergias Alimentares - Instituto Ana Paula Pujol

04/04/2019 - Palestra Intestino como Maestro metabólico - Vital Flora Farmácia Personalizada

18/08/2020 - Terapia Nutricional na Alergia Alimentar

Agosto/2020 - Alergias alimentares na Infância 

Diferença entre alergia e Intolerância alimentar:

Apesar de essas duas entidades serem muitas vezes citadas como sinônimas, há uma diferença entre elas. Os sintomas podem ser parecidos e as reações podem ser provocadas, às vezes, pelos mesmos alimentos. Como por exemplo: Leite de vaca.

A alergia alimentar refere-se a uma resposta imunológica anormal a determinados componentes alimentares (as proteínas).

Sintomas como: Falta de ar, dores abdominais, vômitos, diarréia, urticária.

Principais alérgenos alimentares: Leite de vaca, ovo, trigo, milho, amendoim, soja, peixes, frutos do mar, castanhas. A alergia alimentar por leite de vaca, ovo, trigo e soja normalmente desaparecem na infância.

Ao contrário, alergia a amendoim, nozes, frutos do mar podem ser mais duradoras e algumas vezes por toda vida.

Intolerância Alimentar: É uma reação fisiológica anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares (não imune). São anormalidades metabólicas, reações a substâncias farmacológicas contidas em alimentos, contaminação do alimento, etc. Os sintomas são: dores abdominais, gases, diarréia, enjôos e vômitos.

A nutrição tem como objetivo analisar quais alimentos causam alergia ou intolerância alimentar ao paciente e orientá-lo, indicando uma dieta adequada e individualizada.

Tipos de Alergia Alimentar:


- A alergia alimentar pode se manifestar em diferentes formas. Conhecer as diferentes manifestações clínicas é fundamental para o correto diagnóstico e tratamento. E uma terapia nutricional muito mais assertiva de acordo com as necessidades e condições  clínicas do indivíduo.
•    Mediada por IgE: Sintomas imediatos ocorre até 2 horas após a exposição ao alérgeno. Envolve os sistemas cutâneos, respiratórios, gastrointestinal e cardiovascular (sendo este mais grave).
•    Cutâneo: urticária e angioedema.
•    Respiratório: Rinoconjuntivite alérgica (espirros, coriza, tosse, prurido nasal, coceiras nos olhos, broncoespasmo agudo (dificuldade de respirar)
•    Gastrointestinal: vômitos e diarréia imediatos.
•    Cardiovascular: tontura, desmaio, hipotensão e choque.
•    Reação sistêmica: Quando envolve dois ou mais sistemas (exemplo cutâneo e respiratório) é chamado Anafilaxia (pode ser grave e levar a morte, o paciente deve ser levado para o hospital).

•    Não mediadas por IgE: Essas reações são tardias, podendo ocorrer até 2 horas ou mais após a ingestão do alérgeno. As manifestações envolvem sistemas gastrintestinal, cutâneos e respiratórios são mais raros.
•    Diarréia, sangue nas feses, cólica, irritabilidade, distensão abdominal, refluxo gastresofágico, constipação, má absorção, baixo ganho de peso.

•    Reação Mista: Mediada por IgE e Célula. Envolve sistema cutâneo e gastrointestinal.

•    Cutâneo: Dermatite atópica

•    Gastrintestinal: Esofagite eosinofilica, gastrite eosinofilica, gastroenterite eosinofilica.

•    As reações alérgicas mistas podem envolver múltiplos alimentos. O diagnóstico de alergia alimentar e determinação dos alimentos envolvidos por ser difícil. Nem todos os indivíduos apresentam remissão dos sintomas com a dieta de restrição.

Fatores de risco para alergia alimentar


- Estima-se que fatores de genéticos exerçam papel fundamental na expressão da doença alérgica. Embora não haja, no momento testes genéticos e diagnósticos disponíveis para identificar indivíduos com risco de alergia alimentar, a história familiar de atopia incluindo alergia alimentar, ainda é o melhor indicativo  de risco para o seu aparecimento.
- Desmame precoce: O aleitamento materno exclusivo, sem a introdução de leite de vaca, de fórmulas infantis à base de leite de vaca e de alimentos complementares, até os seis meses tem sido ressaltado como eficaz na prevenção do aparecimento de sintomas alérgicos.
- Em crianças com alto risco para atopia, o aleitamento materno deve ser estimulado e prolongado (até os 2 anos ou mais).
- O leite materno contêm IgA secretora que funciona como bloqueador de antígenos alimentares. Este apresenta vários fatores de amadurecimento da barreira intestinal e fatores imunorreguladores importantes no estabelecimento da microbiota.
- Receber leite de vaca, ainda no berçário, pode ser indutor de disbiose intestinal e fator de risco importante de alergia alimentar. 
- A introdução precoce de leite de vaca, ovo, amendoim, castanhas e frutos do mar poderia ser um fator de risco e produzir alergia alimentar.

Alergia ao leite de vaca (APLV)

 

É uma reação imunológica à proteína, com grande variabilidade de manifestações clinicas: Sendo mais comuns em bebês e crianças.
- Os principais sintomas são: cutâneos (placas vermelhas na pele, coceira, descamação, etc.), gástricos e intestinais (diarreia, sangue nas fezes, intestino preso, vômito, regurgitação, cólicas intensas, etc.), Sintomas respiratórios como asma e rinite, isolados, são raros) e sistêmicos como a anafilaxia.
- Qualquer quantidade da proteína do leite é suficiente para desencadear os sintomas, portanto seu tratamento é a dieta isenta de alimentos que contêm as proteínas do leite (leite, seus derivados e todos os alimentos preparados com esses ingredientes: bolos, tortas, biscoitos, etc.). Sendo fundamental a leitura dos rótulos dos alimentos industrializados, pois a presença de traços de leite pode desencadear os sintomas.

- Intolerância à lactose:
A intolerância à lactose é decorrente da falta ou da diminuição de lactase, enzima que digere a lactose (açúcar do leite). Ela é mais comum em adultos e idosos e os sintomas são apenas gastrintestinais como: diarreia, cólica, flatulência e distensão abdominal.

O aleitamento materno exclusivo, sem a introdução de leite de vaca, de fórmulas infantis à base de leite de vaca e de alimentos complementares até os seis meses tem sido ressaltado como eficaz na prevenção do aparecimento de sintomas alérgicos.

- O leite materno contém IgA secretora, que funciona como bloqueador de antígenos alimentares e ambientais, bem como vários fatores de amadurecimento da barreira intestinal e fatores imunorreguladores importantes no estabelecimento da microbiota.

- O leite materno tem papel importante na indução de tolerância oral, quando o alimento alergênico é introduzido de forma complementar, em pequenas quantidades.

A Alergia Alimentar vem aumentando nas últimas décadas. Sendo mais comuns em crianças, 8% em menores de 3 anos e 4% em adultos.
- A Alergia Alimentar por leite de vaca, ovo, trigo e soja, normalmente desaparecem na infância. Ao contrário, alergia a amendoim, nozes e castanhas, frutos do mar podem ser duradouras.
- A restrição dietética adequada é a única forma de prevenir reações potencialmente graves e permitir um aporte nutricional apropriado, especialmente na criança em desenvolvimento.

 É uma reação aguda, causada por uma liberação rápida de componentes celulares específicos.
- Podendo envolver vários sistemas ao mesmo tempo, como por exemplo: Sistema cutâneo, respiratório, cardiovascular e gastrointestinal.
- As principais causas: alimentos( amendoim, castanhas, peixes e crustáceos, ovo, leite entre outros), látex, medicamentos e picadas de insetos.
- Essa reação pode ser fatal, exigindo tratamento imediato em hospital com atendimento de emergência.

O teste de provocação oral (TPO) em alergia alimentar (AA) representa uma ferramenta extremamente útil não só para a confirmação diagnóstica da doença, mas também para constatar a tolerância ao alimento. É realizado sob supervisão médica e ambiente adequado.
- Verificar a aquisição de tolerância ao alimento, até mesmo nos casos onde o paciente nunca consumiu determinado alimento e deseja saber se é capaz de tolerar o alimento.
- Verificar se há reatividade cruzada entre os alimentos.
- Verificar a tolerância a alimentos termicamente processados, sabemos que durante o processo térmico, pode ocorrer uma modificação na conformação da proteína, onde ocorre a desnaturação de uma forma que o sistema imune não reconhece mais a presença desta proteína quando está desnaturada.
- Contraindicações para realização do teste de provocação oral (TPO)
- História de anafilaxia recente;
- Asma instável;
- Presença de infecção: Condições de saúde desfavoráveis
- Uso de medicação que possa interferir no resultado do teste.

O ovo é o segundo alimento mais comumente relacionado com alergia alimentar especialmente na infância, prevalência de 9% – 9,5% em crianças. Sendo que 60 a 75% adquirem tolerância antes da adolescência.
- Essas proteínas se localizam na clara (parte branca) e na gema (parte amarela), onde a clara é a parte do ovo que mais possui proteína, por isso é a parte mais alergênica.
- São mais de 20 proteínas encontradas no ovo e as mais comuns são a Albumina Ovalbumina e Ovomucóide.
- Pode-se diagnosticar a alergia ao ovo através de exames laboratoriais, de provocação por ingestão, teste na pele e exame de sangue. Os sintomas mais comuns relacionados a alergia ao ovo são náuseas e vômitos, cólica, diarreia, ardência na boca, feridas ou vermelhidão na pele, dificuldade de respirar, tosse e olhos irritados. Esses sintomas aparecem minutos após o consumo do ovo ou de alimentos que possam conter ovo na sua composição.
- O melhor “tratamento” para a alergia ao ovo é a exclusão total das proteínas do ovo da dieta.

A parte mais alergênica do ovo está na clara.
- Ovomucoide é o alergêno dominante do ovo, é altamente alergênico e muito estável ao calor.
- Ovoalbumina é a proteína mais abundante do ovo mas é facilmente desnaturada quando aquecida.
- Os indivíduos alérgicos ao ovo, apresentam mais frequentemente alergia aos componentes da clara.

Ovo é um ingrediente bastante versátil, sendo utilizado em diversas preparações culinárias, desde produtos de panificação a cremes, sopas, sorvetes, doces etc. O paciente com alergia ao ovo, deve fazer a substituição correta do alimento alergênico, evitando sintomas decorrentes da alergia.
Hoje, irei dar dicas de como substituir um ingrediente muito utilizado na maioria das receitas.

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